A Black Friday de 2025 se aproxima e traz, como todo ano, a promessa de uma semana de vendas que podem equivaler a trimestres inteiros de faturamento. Para o varejo brasileiro, é o período que define resultados anuais, valida estratégias e justifica investimentos em tecnologia e marketing acumulados ao longo de meses.
Mas há outro número que deveria estar nas discussões das empresas: uma em cada 40 transações do e-commerce brasileiro enfrenta tentativa de fraude. Nos últimos meses, foram 2,8 milhões de ataques registrados. Enquanto isso, 41,67% das empresas varejistas operam sem planos estruturados de resposta a incidentes.
A conta não fecha. O setor dedica menos de 4% do orçamento de TI para proteger 100% da receita digital. E essa desproporção cobra seu preço o ano todo, é verdade. Mas é durante a Black Friday que ela se converte em perdas mensuráveis, hora a hora.
O cenário fica ainda mais crítico quando se observa a natureza dos ataques. Dados de tráfego revelam que bots maliciosos já superam visitantes humanos legítimos em sites de varejo. O canal que concentra milhões em investimentos de UX, personalização e otimização de conversão recebem mais requisições de sistemas automatizados de fraude do que de clientes reais tentando comprar.
É nesse contexto — alto volume de ameaças, baixa maturidade defensiva, janela crítica de receita — que o varejo brasileiro entra em uma das temporadas mais importantes do ano.
O varejo brasileiro atravessa sua década mais transformadora. PIX reformulou meios de pagamento. Omnichannel deixou de ser diferencial para virar padrão. Mobile commerce cresce em dois dígitos. Marketplaces abriram novos canais de receita.
Cada avanço trouxe competitividade. E multiplicou vetores de ataque.
O desafio não está na inovação e sim na velocidade. Integrações com ERPs legados, APIs conectando dezenas de parceiros, aplicativos mobile processando dados sensíveis, pagamentos instantâneos exigindo validações em milissegundos. A infraestrutura digital do varejo moderno tem a complexidade de uma fintech, mas raramente recebe a mesma atenção em segurança.
Os números confirmam: menos de 4% do orçamento de TI no setor é destinado à proteção digital. Para contextualizar: uma rede varejista que investe R$ 50 milhões em tecnologia dedica cerca de R$ 2 milhões para proteger operações que movimentam bilhões. É uma aposta de que nada vai dar errado. Até que dá.
Black Friday: janela de oportunidade para quem ataca
Cibercriminosos entendem de calendário comercial melhor que muitos analistas de mercado.
Sabem que a Black Friday concentra volume transacional equivalente até a meses de operação em cinco dias, dependendo do caso. Que equipes de TI estarão focadas em performance, disponibilidade e conversão, não em anomalias sutis de comportamento. E que o custo de derrubar operações nesse período é exponencialmente maior.
É o momento ideal para ataques coordenados: DDoS durante picos de tráfego, credential stuffing misturado ao volume legítimo de logins, card testing disfarçado em meio a milhares de transações reais.
Onde está o gap entre risco e investimento
CISOs de varejo enfrentam desafio singular: justificar investimento em algo que não gera receita direta. Segurança compete por orçamento com iniciativas visíveis: novo app, checkout mais rápido, programa de fidelidade.
Até que acontece um incidente. Então, temporariamente, segurança vira prioridade.
O ciclo se repete: subinvestimento crônico, evento grave, investimento reativo, normalização, subinvestimento novamente.
Empresas que romperam esse padrão fizeram uma mudança conceitual: pararam de tratar segurança como custo de TI e começaram a enxergá-la como proteção de receita e habilitador de crescimento sustentável.
Clientes compram onde confiam. Investidores valorizam resiliência operacional. Por isso, segurança é fundação sólida para a marca.
A construção da resiliência
Maturidade em cibersegurança no varejo não acontece com uma compra de ferramenta. É evolução arquitetural e cultural. Envolve visibilidade em tempo real de toda superfície de ataque. Capacidade de detectar anomalias em meio ao ruído operacional. Processos claros de resposta que funcionam sob pressão. Integração entre segurança e negócio, não áreas que falam línguas diferentes.
E, fundamentalmente, entender que ameaças evoluem. Portanto, o que funcionou no ano passado pode ser insuficiente hoje.
Contexto para decisões estratégicas
Este artigo apresenta recortes de um cenário mais amplo. Nosso relatório “Estado da Cibersegurança no Varejo Brasileiro 2025” oferece análise detalhada do setor: benchmarks de maturidade, mapeamento de ameaças emergentes, frameworks para evolução de capacidades defensivas.
Foi desenvolvido para apoiar CISOs e CIOs na construção de casos de negócio, priorização de investimentos e desenvolvimento de estratégias de longo prazo.
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