Em tempos de adversários cada vez mais furtivos e ataques com alto grau de sofisticação, a atuação do Blue Team precisou evoluir. Não basta mais reagir a incidentes: é preciso antecipá-los. O Blue Team, quando bem estruturado, deixa de ser apenas um escudo e passa a ser um radar capaz de detectar movimentos sutis, prever comportamentos maliciosos e neutralizar ameaças antes que causem impacto.
Neste artigo, exploramos quatro estratégias práticas para transformar o Blue Team em um agente de inteligência proativa, ampliando a capacidade de resposta e a resiliência organizacional frente ao cenário atual de ameaças.
Threat Intelligence: conhecendo o adversário antes do ataque
Construir uma base de conhecimento consolidade a respeito das ameaças públicas e privadas é importante para uma estratégia de defesa proativa. É por isso que a Inteligência de Ameaças é um dos pilares do Blue Team quando se trata em antecipar-se ao adversário.
A partir da coleta e da análise de dados sobre as táticas, técnicas e procedimentos (TTPs) adotadas pelos atacantes, sua equipe pode antecipar movimentos, priorizar defesas e criar regras de detecção mais precisas.
Hardening: reduzindo a superfície de ataque
O fortalecimento de postura de segurança (conceito conhecido como hardening) é outra parte fundamental do trabalho do Blue Team. Consiste em reduzir sistematicamente a superfície de ataque através de gestão rigorosa de acessos e segmentação inteligente da rede.
O processo envolve:
- Mapear e segmentar o ambiente junto à equipe de infraestrutura
- Identificar caminhos críticos mais suscetíveis a invasões
- Implementar controles direcionados baseados em modelo Zero Trust. Entenda mais sobre Zero Trust clicando aqui.
Threat Hunting: a busca proativa por ameaças
O perfil de um Blue Team é naturalmente reativo, uma vez que sua função é defender a organização de tentativas de ataques. Entretanto, é possível para essas equipes buscarem ativamente por ameaças sem depender apenas de alertas.
O MITRE ATT&CK é um forte aliado nesse sentido. Por meio de hipóteses baseadas no framework, o Blue Team pode realizar caças comportamentais (behavior-based) baseadas em indicadores de comprometimento (IoCs), por exemplo.
Simulações de ataque: testando defesas em ambiente controlado
Submeter o plano de defesa a testes controlados para identificar vulnerabilidades no ambiente é uma iniciativa necessária e que deve ser praticada com regularidade.
A partir desses testes, é possível:
- Identificar brechas antes da exploração maliciosa;
- Medir eficácia das defesas atuais;
- Treinar a equipe em cenários realistas;
- E criar um ciclo contínuo de melhoria defensiva.
Mais estratégias para um Blue Team mais proativo
No nosso RedTalks “Como o Blue Team pode se antecipar aos adversários?”, apresentamos essas e outras iniciativas eficientes para transformar o Blue Teame maximizar as defesas do seu negócio. Assista:
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